Desde 2005, são usados os chamados análogos do GLP-1 no tratamento do diabetes tipo 2. Essa classe de medicamentos é baseada no hormônio produzido pelo intestino em resposta à ingestão de alimentos, o GLP-1.
O GLP-1 estimula a produção de insulina apenas quando os níveis de açúcar no sangue estão elevados; desta forma, ajuda a controlá-los sem causar hipoglicemia (queda exagerada do açúcar no sangue). Além disso, o GLP-1 tem um efeito inibidor do apetite que leva o paciente a perder peso, o que também contribui para controlar o diabetes.
Nos últimos cinco anos, diversos estudos comprovaram que o uso dos agonistas do GLP-1 em pacientes diabéticos do tipo 2, que haviam sofrido eventos cardiovasculares, como derrame ou ataque cardíaco, diminuía a chance de um novo evento. Este efeito protetor leva à diminuição da mortalidade nesta população.
Novas diretrizes
Em virtude desta descoberta, desde 2018, as novas diretrizes do tratamento do diabetes recomendam que sejam usados preferencialmente estes medicamentos para o tratamento do diabetes, em pacientes com alto risco de sofrerem eventos cardiovasculares. Os medicamentos desta classe, disponíveis no país, que comprovaram ter esse benefício são a liraglutida (victosa®) e a semaglutida (ozempic®)
A novidade vem com a publicação do estudo REWIND, em que pela primeira vez se demonstrou que o análogo do GLP-1, a dulaglutida (trulicity®), tem o mesmo efeito protetor quando utilizado em pacientes diabéticos que nunca sofreram qualquer evento cardiovascular.
Fonte: Veja